As notícias recentes acerca do negócio de reconstrução de casas de luxo no Algarve, após a sua demolição, parecem confirmar que o "boom" recente do imobiliário em Portugal se está a expandir para novos horizontes.
As novidades vindas do sector da construção civil apontam para uma recuperação significativa especialmente nas zonas "prime" do Algarve: Quinta do Lago, Vale do Lobo e Vilamoura.
Segundo o Jornal o Público:
Desde o último trimestre do ano passado e primeiro trimestre de 2016 foram vendidas, no Vale do Lobo, 70 moradias - a maior parte das aquisições com o objectivo de deitar abaixo e construir de novo. Em casas com 20 ou 30 anos de idade, quando se pretende adquirir novos níveis de conforto, aconselham os técnicos, não compensa o restauro. É mais fácil (e às vezes mais barato) construir de novo.
Quando falamos de casas de luxo, cujos valores andam na ordem dos milhões de euros a localização é um factor primordial, assim para este segmento de mercado, torna-se atraente a opção de aproveitar o terreno e respetiva localização e construir de novo. Com a assinatura de arquitectos cuja visão estética é garantia de modernidade/charme é mais fácil angariar clientes para este sector.
As demolições para construção de resorts de luxo são também uma opção quando escasseia a oferta de casas novas. No empreendimento turístico Vilamoura, segundo o administrador do grupo Enolagest, Reinaldo Teixeira. “há falta de produto novo [habitação] para venda”, Segondo este empresário, ligado a cerca de 40 empresas de serviços na região (incluindo a imobiliária Garvetur), “há projectos em pipeline para avançar”, referindo-se aos planos que o fundo imobiliário Lone Star apresentou para Vilamoura. Recorde-se que a Lusort, empresa espanhola que detinha os ativos imobiliários de Vilamoura - os já existentes e os terrenos ainda por construir - e também a concessão da marina de Vilamoura, foi vendida em 2015 aos norte-americanos Lone Star por cerca de 200 milhões de euros.