Patrícia Brito e Cunha é a nova diretora da Academia Municipal de Golfe - Oeiras Green Valley

A Federação Portuguesa de Golfe (FPG) anunciou hoje a nomeação de Patrícia Brito e Cunha para o cargo de diretora da Academia Municipal de Golfe - Oeiras Green Valley.

Patrícia Brito e Cunha - diretora da Academia Municipal de GolfeA sua nomeação é imediata e estender-se-á até 31 de dezembro de 2026, um período crucial para o arranque e consolidação do novo projeto municipal.

Para se dedicar integralmente a este desafio, Patrícia Brito e Cunha suspendeu as suas funções como Vogal da Direção da Federação Portuguesa de Golfe (FPG). A decisão visa assegurar a total implementação do Contrato-Programa de Desenvolvimento Desportivo assinado entre a FPG e a Câmara Municipal de Oeiras (CMO), que solicitou celeridade na nomeação para garantir o arranque das atividades assim que as obras de reabilitação do campo, atualmente em curso, terminem.

Atualmente, o campo de golfe encontra-se encerrado, desde agosto de 2025, em paralelo com uma difícil e conturbada negociação que visou transferir a sua posse para o município de Oeiras. Para mais informações consulte o meu artigo: Oeiras Golf, histórias e vicissitudes de um equipamento desportivo.

Em resposta ao meu pedido de esclarecimentos, a Federação de Golfe informou-me que a inauguração das atividades do campo de golfe está prevista para o 1.º semestre de 2026.

Com uma carreira longa e reconhecida no golfe nacional, Patrícia Brito e Cunha traz uma vasta experiência como treinadora e gestora com formação PGA. O seu percurso inclui a direção de várias academias e campos de golfe - incluindo uma passagem anterior pelo Oeiras Golf que agora volta a dirigir, bem como um trabalho contínuo na formação de jovens atletas e seleções nacionais.

Pedro Nunes Pedro, Presidente da FPG, saudou a nomeação:

Recebemos com satisfação a disponibilidade da Patrícia para liderar este projeto estratégico. A sua história com o golfe em Portugal, a sua competência técnica e a sua capacidade de gestão são decisivas para que o Oeiras Green Valley se torne um exemplo de academia municipal que combina atividade desportiva, inclusão e excelência formativa.

Visivelmente entusiasmada com o regresso, Patrícia Brito e Cunha partilhou a sua visão para o futuro do campo:

Durante 10 anos, tive o privilégio de ali ser diretora de um projeto de golfe e academias que me apaixona profundamente. Hoje, regresso com um propósito claro: concretizar o projeto que sempre idealizei: transformar este campo num espaço de excelência, inovação, formação e verdadeiro espírito de golfe. Oeiras tem o potencial, tem a localização e agora, com a parceria e a equipa da FPG, volta a ter a ambição certa para lá chegar.

O Percurso do Oeiras Golf Até à Gestão Municipal

O campo agora rebatizado como Academia Municipal de Golfe - Oeiras Green Valley tem uma história marcada por altos e baixos. Inaugurado em setembro de 2013 pela ESIM, uma empresa do Grupo Espírito Santo, foi concebido como a joia da coroa do empreendimento imobiliário "Oeiras Golf & Residence".

Contudo, o colapso do Banco Espírito Santo (BES) em 2014 mergulhou o projeto numa década de incerteza. Sem o investimento necessário, o campo sofreu uma degradação progressiva, culminando no seu encerramento definitivo em agosto de 2024, após o término do contrato de concessão com a empresa que o geria: a "Orizonte Golf".

A intervenção de Isaltino Morais, o presidente da Câmara Municipal de Oeiras, foi decisiva. Em 2025, a autarquia negociou e aprovou a aquisição do terreno com o objetivo de criar o primeiro campo de golfe municipal do país. A visão municipal passa por salvar um importante equipamento desportivo, proteger o valor imobiliário da zona e, fundamentalmente, criar uma Academia Municipal de Golfe aberta a toda a comunidade, desde escolas a cidadãos de todas as idades, democratizando a modalidade. A reabertura, agora sob uma nova liderança, marca o início de um capítulo focado na inclusão e no desenvolvimento desportivo local.