Desde o inicio de 2022, que mantenho o 1ª lugar no Top Nacional Individual da Keller Williams Portugal, no que diz respeito ao volume de negócios acumulado, entre mais de 2.600 consultores da KW Portugal.Â
Não há melhor forma de começar o ano e 2022 está a ser um bom ano para o imobiliário, apesar da guerra da Ucrânia que veio somar-se aos 2 anos de pandemia e trazer novos escolhos e novos desafios. Mas esta é uma realidade com a qual o setor já se habituou a lidar. Nada é fácil, tudo é conquistado com muita dificuldade e muito trabalho.
As consequências da guerra ainda estão agora no principio mas já se fazem adivinhar os seus efeitos: inflação e subida nas taxas de juro.
A inflação tem um forte impacto na construção de novas casas e na renovação de casas usadas. Os preços de venda das casas novas, vendidas em projeto, já estão a refletir esse aumento e não é previsÃvel que a inflação pare ou venha a atenuar-se, até porque os sucessivos embargos à Rússia têm essa consequência. Aço, betão, vidro e madeira são os materiais mais castigados. Desde Agosto de 2021 que a inflação destes e outros componentes têm trazido sucessivas revisões em alta, contribuindo para que muitos promotores decidam adiar o arranque de novos projetos, ou em alternativa fazem refletir nos preços de venda esses aumentos.
No que diz respeito ao número de imóveis usados que foram colocados à venda, na grande área metropolitana de Lisboa e durante o primeiro trimestre de 2022, estimo uma quebra na ordem dos 40% face ao ano antes da pandemia (2019). Por outro lado, até pelas restrições impostas ao setor do alojamento local, o mercado de casas usadas está a encolher.
O impacto do aumento das taxas de juro no crédito à habitação já se faz sentir, a Taxa Euribor continua a sua trajetória ascendente, em antecipação do previsÃvel aumento das taxas diretoras do BCE, para novos máximos que já não se registavam desde 2015.
Um dado novo que veio baralhar ainda mais a mediação imobiliária, foi a chegada em força das iBuyers que tentam substituir as mediadoras imobiliárias clássicas, graças aos fundos de investimento e ao capital colocado à sua disposição.
Todavia, apesar destas más notÃcias, nem tudo é negro. O mercado imobiliário continua a receber boas indicações, quer no número de transações quer no interesse manifestado por compradores estrangeiros e expatriados. Assim que novos projetos imobiliários surgem, os apartamentos vendem-se como "pãezinhos quentes". Portugal continua a ser um paÃs seguro para quem procura um paÃs longe da guerra, mas inserido no espaço europeu e o investimento imobiliário um porto ainda mais seguro face à s perdas que se adivinham noutras setores económicos.
Ou seja, como dizem os brasileiros: "bola para a frente que atrás vem gente", parar é morrer e nós os consultores imobiliários estamos habituados a trilhar caminhos difÃceis e a conseguir chegar a bom porto!
Estou muito agradecida com este prémio e confiante no futuro!Â