No momento em que o Governo acaba de baixar a taxa de IVA sobre os painéis solares de 23% para 6%, muitos se questionam se esta será a melhor altura para investir em energia verde colocando painéis solares nos seus telhados. O investimento compensa? Quantos anos são necessários para rentabilizar o seu custo?
Índice
- Energia Solar, uma aposta com futuro ou uma moda?
- Tipos de painéis solares e respetiva eficiência
- Qual o custo do investimento em painéis solares?
- Qual o tempo necessário para amortizar o investimento em painéis solares?
- Como lidar com o excedente de energia?
- Quanto pode ganhar com a venda do excedente de energia produzida?
- O que fazer, passo a passo, para vender o excedente de energia produzida?
- Conclusões
Energia Solar, uma aposta com futuro ou uma moda?
As energias renováveis vieram para ficar e a eletricidade produzida a partir da energia solar vai contribuir muito rapidamente para reduzir a dependência dos combustíveis fósseis, como é visível no gráfico abaixo.
Fonte: https://www.dgeg.gov.pt/pt/estatistica/energia/publicacoes/estatisticas-rapidas-das-renovaveis
Hoje, construir casas sustentáveis já não é uma moda, é uma necessidade. Quem não puder ou quiser investir em soluções que tornem a sua casa mais sustentável pagará uma fatura energética cada vez maior e ficará à mercê das flutuações do mercado.Neste momento apenas 5% das habitações em Portugal possuem painéis solares, mas considerando que 53% dos portugueses vivem em moradias é previsível que esse número venha a aumentar muito rapidamente.
O maior obstáculo na rentabilização dos painéis solares é que sem sol não há produção de energia, com a agravante de que durante a noite é quando o consumo doméstico é maior. Atualmente, dispõe de 2 soluções para minimizar este problema:
- Armazenar em baterias a energia não consumida. Esta é uma solução que ainda é cara, possui uma manutenção dispendiosa e aumenta o número de anos de amortização do investimento. É usada em casas que não possuem ligação à rede elétrica ou quando o número de painéis assim o justifica. Contudo, é previsível que este custo venha a baixar nos próximos anos.
- Vender o excedente de produção. Esta é uma alternativa recente em Portugal e que pode aumentar até 60% a rentabilidade dos painéis solares. Existem empresas que compram a eletricidade que não é utilizada no consumo doméstico, como alternativa à habitual injeção na rede exterior, que não traz qualquer proveito ao proprietário. Sabia que entre 60% a 70% da energia que os painéis solares produzem é entregue à rede a troco de nada? Existem estudos que apontam para um ganho entre 2 a 3 faturas por ano, com apenas 2 painéis solares.
Tipos de painéis solares e respetiva eficiência
Sendo este um tema de carácter técnico e elevado grau de complexidade, simplificarei a abordagem resumindo a análise a 2 categorias de painéis: painel solar fotovoltaico e painel solar térmico.
Painéis térmicos - Usam a energia solar para aquecer a água que desliza suavemente por entre os painéis, sendo esta armazenada em depósitos, para uso nas instalações sanitárias da casa. Existem dois tipos de painéis térmicos:
- Termossifão: O depósito está localizado no topo do painel solar, exposto ao meio ambiente, o que o torna uma solução em desuso pela fraca eficiência e perda de calor da água armazenada.
- Painel solar de circulação forçada: Em vez de ter o depósito instalado no telhado, o depósito é colocado no interior da casa, o que se traduz em menor perda térmica e maior eficiência. Ademais, é uma solução esteticamente mais agradável. Nas casas modernas é normal acoplar a este sistema uma bomba de calor elétrica que, em caso de insuficiência da energia solar térmica, aquece a água do respetivo depósito.
Painéis fotovoltaicos - Destinam-se a produzir energia elétrica com base na luz solar, sendo que a eletricidade produzida tem que ser consumida de imediato, a não ser que se recorra a baterias para armazenamento e posterior consumo.
Tipos de painéis fotovoltaicos
Existem diversas tecnologias usadas no fabrico de painéis fotovoltaicos, a saber:
Detalhes | Monocristalino | Policristalino | Mono-PERC (Bifaciais) | Filme fino |
Custo | Alto | Médio | Muito alto | Mais baixo |
Eficiência | Alta | Média | Muito alta | Menor |
Aparência | Preto/Cor mais escura com formato octogonal | Cor azul com bordas quadradas | Bordas pretas e arredondadas | Depende da variante |
Vantagens | Eficiência energética Resistente ao calor |
Acessível Menos desperdício |
Mais eficiente Menos espaço necessário |
Menor custo de instalação Leve |
Desvantagens | Caro Alta pegada de carbono |
Baixa resistência ao calo Baixa eficiência energética |
Mais caro | Vida útil mais curta Menor eficiência |
Como a aposta nestas tecnologias tem vindo a crescer de forma exponencial todos os dias aparecem novidades, inicialmente mais caras mas que, com o passar do tempo, acabam por substituir as anteriores. Exemplo disso são os painéis híbridos, recentemente chegados ao mercado, que são capazes de produzir energia térmica e elétrica em simultâneo, poupando espaço e combinando num só, dois tipos de painéis: os fotovoltaicos e os térmicos.
Eficiência dos Painéis Fotovoltaicos
Embora existam várias tecnologias associadas aos painéis solares, a escolha deverá privilegiar o tipo de painéis mais eficientes.
A eficiência é uma medida da quantidade de luz solar que incide na superfície de um painel e é convertida em eletricidade ou calor.
Considerando que o tempo de vida útil de cada painel varia entre os 25 e os 30 anos, quanto mais eficientes forem os painéis, mais rapidamente serão amortizados e maior será a rentabilização do investimento. Contudo, apesar das tecnologias recentes serem mais eficientes é normal possuírem um preço mais elevado. Atualmente, os painéis que usam tecnologia monocristalino são os mais usados pois possuem um compromisso custo/eficiência bastante bom.
Devido à investigação de novos materiais e vidros de tecnologia superior, na última década temos vindo a assistir a um aumento exponencial no ganho de eficiência. Apenas há alguns anos atrás os painéis possuíam eficiências de 15% e produziam 250W de eletricidade, cada um. Atualmente, os painéis mais comuns possuem eficiências de 20% e produzem 350~400W.
Recentemente, empresas orientais estão a homologar painéis na Europa que possuem uma eficiência de 23% e produzem 700W de eletricidade! Mas, por enquanto, estes ainda não são adequados para a utilização doméstica devido às suas grandes dimensões e ao preço elevado. Quanto maiores forem os painéis mais eficientes e também mais caros serão.
Montagem dos painéis solares
O Kit Solar Fotovoltaico de Autoconsumo é composto por:
- Painéis fotovoltaicos - É composto por 1 ou mais painéis, sendo que o investimento é rentabilizado mais rapidamente com um mínimo de 2 painéis. Segundo a Lei do Autoconsumo, a partir de 350W terá de solicitar autorização para poder produzir energia.
- Inversor - Permite transformar a corrente elétrica contínua, produzida pelos painéis fotovoltaicos, em corrente alternada, de modo a que esta possa ser injetada na rede doméstica ou na rede elétrica nacional.
- Medidor de Corrente - Permite controlar o consumo instantâneo.
- Gestor do Sistema - Esta ferramenta serve para monitorizar todo o sistema de autoconsumo solar fotovoltaico, fornecendo estatísticas sobre os seus consumos e respetiva produção de energia.
- Baterias - A sua instalação é opcional e permite armazenar a energia elétrica produzida pelos painéis, num sistema de baterias. Deste modo poderá usufruir da eletricidade produzida a qualquer hora do dia, mesmo durante o período da noite.
- Contador Bidirecional - A sua instalação é opcional e serve para medir a eletricidade não consumida e injetada na rede elétrica nacional. A sua instalação é da responsabilidade da e-Redes, que de forma gratuita procederá à troca do seu contador normal por este.
Embora a montagem possa ser feita por você mesmo, tal não é aconselhado pois a maioria das empresas que vendem os painéis possuem técnicos especializados nesta tarefa, com preços muito competitivos e que adicionalmente tratam da homologação da respetiva instalação.
Os painéis solares podem ser montados no solo, no telhado ou cobertura das casas, nas paredes, nas varandas, em estruturas fixas ou até flutuando sobre a água. Pode ainda ser usado um sistema motorizado de rastreamento nos painéis, de modo a acompanhar o movimento do sol ao longo do dia ou estação do ano, maximizando assim a exposição solar e a energia por eles produzida.
Qual o custo do investimento em painéis solares?
Quando se fala em valores do investimento em painéis solares, "depende" é a palavra chave. Depende do número e tipo de painéis escolhidos, depende se adquire uma solução de armazenamento com baterias, depende se desperdiça o excedente energético ou se o vende, no caso do painel térmico depende do tamanho do depósito de água (relacionado com a dimensão do agregado familiar), etc.
No caso dos painéis fotovoltaicos, em média, podemos falar de um custo (com instalação e respetivos equipamentos acessórios) na ordem dos 2000€ por um kit com 3 painéis fotovoltaicos (já considerando a descida recente da taxa do I.V.A.). No caso dos painéis térmicos o valor é na mesma ordem de grandeza.
Painéis Fotovoltaicos | Painéis Térmicos | |||
Dimensão | Kit 3 Painéis | Kit 10 Painéis | 200 Litros | 300 Litros |
Custo | 1900€ | 3400€ | 2100€ | 2500€ |
Apesar dos valores das duas soluções serem próximos, a solução "Painel Fotovoltaico + Depósito de Água + Bomba de Calor" é cada vez mais usada em casas novas, em detrimento da solução "Painel Térmico + Depósito de Água", uma vez que as bombas de calor recentes possuem consumos elétricos baixos e portanto elevado grau de eficiência.
Manutenção dos painéis solares
Os sistemas solares fotovoltaicos não requerem grande manutenção, exceto pela limpeza da superfície dos painéis, de modo a retirar as sujidade que aí se possa acumular.
Os sistemas solares térmicos requerem uma inspeção e manutenção periódicas de modo a garantir o seu funcionamento de forma eficiente. Eventualmente alguns dos componentes poderão ter que ser substituídos ou reparados, uma vez que devido ao depósito e circulação da água nas tubagens poderão estar sujeitos a calcinação, corrosão ou congelamento.
Apoios do Estado para aproveitamento da Energia Solar
Tenha também em atenção os apoios do Fundo Ambiental que, embora atualmente não esteja ativo, financia o investimento em painéis solares e respetivo armazenamento em 85%, até ao limite de 2.500€.
Qual o tempo necessário para amortizar o investimento em painéis solares?
Vários comercializadores de kits de UPAC avançam que, em média, o retorno deste investimento será alcançado entre sete a dez anos. Mas estas contas têm uma grande subjetividade, pois estão fortemente dependentes do rácio de aproveitamento da energia produzida pelos painéis solares: quanto maior for o consumo da produção de energia solar, menor será a fatura da eletricidade ao final do mês e mais rápido será o retorno do investimento nos painéis.
Segundo a DECO e após efetuar um estudo ponderado junto de alguns fornecedores de painéis solares, para uma família de consumo médio, e para um kit de 2 a 3 painéis solares, foram estes os resultados:
Empresa | EDP | GALP | IKEA | IBERDROLA |
---|---|---|---|---|
Investimento (€) | 1470 | 2040 | 1970 | 1220 |
Produção do sistema constante na proposta (kWh/ano) | 901 | 1280 | 1492 | 785 |
Preço por kWh (€) | 0,18 | 0,18 | 0,18 | 0,18 |
Injeção na rede (%) | 8 | 18 | 18 | 8 |
Poupança (€) | 149 | 189 | 220 | 130 |
Prazo de retorno do investimento (anos) | 9,9 | 10,8 | 9 | 9,4 |
Ou seja, em média estes 2-3 painéis têm um prazo de 10 anos para que o seu custo seja amortizado. Nos 10 a 20 anos seguintes (considerando um tempo médio de vida entre 25 a 30 anos), os painéis estariam pagos e a produção elétrica custaria zero.
Como lidar com o excedente de energia?
Ficou claro que a rede nacional de energia é que fica a ganhar com a energia não consumida pelos proprietários. Assim, aumentar o número de painéis para além dos 2 habituais não é uma solução muito fácil de rentabilizar, a não ser quando:
- O perfil de consumo energético é mais elevado durante as horas de maior exposição solar. Por exemplo, para quem trabalha a partir de casa.
- Armazena a energia excedente em baterias, o que é uma solução com um custo de aquisição/manutenção elevado. Por exemplo, numa instalação de pequenas dimensões, com uma potência instalada de 1800 watts (seis painéis de 300w), dificilmente este investimento se justifica.
- Vende o excedente energético a uma empresa, ao abrigo da nova legislação.
Desde 14 de janeiro de 2020, quando foi aprovada a nova lei do autoconsumo (Decreto-Lei n.º 15/2022), a Rede Elétrica de Serviço Público (RESP) autoriza que um utilizador possa vender o excesso de energia a uma entidade devidamente credenciada, constituindo assim uma unidade de produção para autoconsumo (UPAC).
Quanto pode ganhar com a venda do excedente de energia produzida?
Segundo um estudo do Jornal ECO e assumindo como exemplo uma UPAC com uma potência instalada de 2100 W (seis painéis de 350w) com uma taxa de aproveitamento para autoconsumo de 40%, que se traduz num excesso de produção média de 152 quilowatts-hora (kWh) por mês, optando pelo modelo fixo, a venda do excedente de produção geraria 110 euros por ano (cerca de 9,2 euros por mês). Optando pelo modelo do preço indexado, o orçamento familiar ganharia 264 euros por ano (cerca de 22 euros por mês), o equivalente a duas ou três faturas de eletricidade.
Segundo um trabalho académico desenvolvido por cinco investigadores e publicado em 2016 na revista “Applied Energy”, para uma família europeia média, o rácio de aproveitamento da energia produzida pelos painéis solares para autoconsumo, na ausência de baterias, varia entre 30% e 37%. Segundo os investigadores, o valor tende a ser ligeiramente mais elevado nos países do sul da Europa. Ou seja, com a aprovação da nova lei do autoconsumo, poderá abater uma parcela cada vez maior na sua fatura de energia, considerando que devido aos efeitos da guerra da Ucrânia o preço da eletricidade tenderá a subir nos próximos anos, refletindo-se na fatura do consumo doméstico mensal mas também no valor faturado aos comercializadores de eletricidade, reduzindo o impacto no seu orçamento familiar.
O que fazer para vender o excedente de energia produzida?
O processo de venda do excedente de produção é relativamente simples. O primeiro passo é recorrer a um profissional certificado para instalar uma UPAC com uma potência superior a 350w.
Adquirir os painéis e a respetiva instalação a uma empresa comercial especializada. Existem empresas, como a EDP Comercial, que fornecem e instalam os painéis e respetivos equipamentos acessórios tais como software de monitorização e que cobram por este kit (que pode ir até 10 painéis) uma mensalidade fixa, sem juros, que pode ser parcelada até 60 meses, no caso da GALP Solar até 70 meses e na Iberdrola até 36 meses. Caso necessite dum prazo mais dilatado, p.ex. até 10 anos, pode recorrer ao crédito duma entidade financeira.
Importa relembrar que taxa de IVA sobre os painéis solares acabou de baixar de 23% para 6% e no atual mercado de empresas que comercializam este tipo de produtos, não será difícil encontrar uma solução bastante competitiva.
Em seguida deverá solicitar à e-Redes a troca do seu atual contador por um bidirecional. Caso se trate de nova construção deverá solicitar que instalem logo um destes contadores em vez do normal. O contador bidirecional é necessário para que possa ser registado (a cada 15 minutos) o excedente de produção que é injetado na rede externa e possa ser contabilizado para efeitos de faturação por parte da empresa que irá comprar essa energia.
Tratando-se de uma instalação doméstica de pequena escala (inferior a 30 KW), o passo seguinte é registar a UPAC na Direção-Geral de Energia e Geologia (DGEG), para obter o registo de mera comunicação prévia (algumas empresas instaladoras de UPAC responsabilizam-se por esta burocracia).
Tome em atenção que para vender o excedente de produção é necessário abrir atividade nas Finanças. Pode fazê-lo através do portal das Finanças e escolher o código 35133 do Código de Atividades Económicas (CAE). Caso o montante angariado da venda do excedente de produção seja inferior a 12500 euros anuais, está isento de IVA e existe dispensa de retenção na fonte de IRS. O mesmo sucedo para quem já tem atividade aberta e no ano anterior não faturou mais do que 12500 euros.
Por fim, só tem de celebrar um contrato de compra e venda da energia excedente com um comercializador e enviar toda a documentação. Não necessita de ser o mesmo comercializador a quem compra eletricidade. Pode celebrar o contrato de compra de eletricidade com um operador e um contrato de venda com outro.
Segundo a Entidade Reguladora dos Serviços Energéticos (ERSE), atualmente e em Portugal existem 4 empresas que estão autorizadas a comprar o excedente de energia aos utilizadores domésticos de pequena dimensão: Coopérnico, JafPlus, Ezu Energy e LuzBoa. Entre as propostas dos quatro operadores que compram o excedente de produção a preço indexado aos consumidores, destacam-se as ofertas da LuzBoa e da Ezu Energia. Ambas apresentam um custo de gestão de 20%. A oferta da Coopérnico também tem o mesmo custo de gestão, mas como se trata de uma cooperativa, o serviço de compra de excedentes só está disponível para membros. E para se tornar num cooperante é necessário despender 60 euros para adquirir três títulos de capital. No caso da oferta da JAFplus, o custo de gestão é de 35%.
A maioria destes comercializadores está disponível em adquirir o excedente de produção mediante um preço fixo por megawatt-hora (Mwh) ou com base num preço indexado ao valor por Mwh praticado no mercado grossista de eletricidade ibérico (Mibel), que é publicado diariamente pelo OMIE, acrescido de uma comissão de gestão do comercializador.
De acordo com as ofertas atualmente em vigor, o modelo da fixação de preço revela-se muito pouco vantajoso para a carteira dos consumidores, em comparação com o modelo de preço indexado. Enquanto o preço oferecido pelos comercializadores no modelo de preço fixo varia entre 40 e 60 euros por Mwh, no caso do modelo de preço indexado situa-se nos 145 euros por Mwh, considerando a média do preço no Mibel nos últimos 12 meses.
Conclusões
O aumento do custo da energia fóssil veio para ficar. É previsível que a inflação que atualmente incide sobre os preços da energia se vá agravar no próximo inverno e nos 2 anos seguintes, se nada for feito entretanto. Mas para além das flutuações de curto prazo, o consumo cada vez maior de eletricidade (mobilidade elétrica, restrições no fornecimento do gás, etc.) vai arrastar os preços da energia elétrica para cima. A aposta na energia solar é pois uma opção natural, perante os desafios que iremos enfrentar nos próximos anos.
De tudo o que ficou dito, fica claro que nunca como hoje foi tão acessível e vantajoso o investimento em painéis solares. Portanto, sim, esta é uma boa altura para investir no solar e aproveitar os apoios do Estado (que muito provavelmente irão até aumentar durante os próximos 2 anos) e a nova lei do autoconsumo. O embaratecimento da tecnologia de conversão da energia solar veio para ficar, hoje serão painéis, amanhã serão as paredes e as coberturas das casas!
Adicionalmente, aproveite para minimizar a dependência do gás, um recurso mais escasso do que a energia solar e que terá tendência para subir nos próximos anos, muito por causa das restrições em vigor. Troque o fogão e o forno a gás por um elétrico, a caldeira a gás por uma bomba de calor, instale painéis térmicos para aquecer as águas sanitárias e instale um kit de painéis fotovoltaicos.